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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Fim da linha?

   A Williams anunciou hoje a dispensa do brasileiro Bruno Senna para a temporada 2013. Para o seu lugar foi confirmado o atual piloto de testes da equipe, o finlandês Valtteri Bottas. Entretanto, a notícia já era esperada nos bastidores da categoria. Vários fatores contribuíram para a decisão de Sir Frank Williams, mas os principais deles são o baixo desempenho do brasileiro na temporada de 2012, falta de investimento por parte de patrocinadores e a ligação próxima de Bottas com a diretoria da equipe inglesa.
  A Williams aproveitou também para confirmar o venezuelano Pastor Maldonado como piloto para 2013. Apesar dos inúmeros erros cometidos, pesaram a seu favor o fato de ter andado a frente de Senna durante toda a temporada, a vitória conseguida no GP da Espanha e os petrodólares da PDVSA.
  Diante desse cenário, as esperanças de Bruno ficam restritas a vagas em equipes pequenas como a HRT, Caterham e Marussia. Das equipes de maior porte, apenas a Force India dispõe de uma vaga, que segundo a imprensa européia estaria muito próxima de ser ocupada pelo alemão Adrian Sutil, que já foi piloto da equipe em temporadas anteriores. Sendo assim, os brasileiros Bruno Senna e Luiz Razia correm por fora na busca de um cockpit para o próximo ano.   

Bruno Senna deve ficar fora da próxima temporada da Formula 1.


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Copersucar Fittipaldi: um sonho verde e amarelo.

   Atualmente, com o domínio das montadoras na Formula 1 é difícil imaginar que uma equipe brasileira possa ter espaço entre as principais escuderias da categoria. Mas nem sempre foi assim. Nos tempos românticos da principal categoria de monopostos, dois irmãos brasileiros decidiram apostar em um projeto ousado. Surgia em 1975 a Escuderia Fittipaldi, fundada  por Wilsinho e Emerson Fittipaldi. O financiamento principal veio da Copersucar, empresa nacional do ramo açucareiro e que daria nome a equipe: Copersucar-Fittipaldi.
    O desempenho inicial fraco era fruto da falta de apoio ao projeto. Nem Wilson "Barão" Fittipaldi, pai dos criadores da equipe, acreditou na ideia e chegou a cortar os recursos financeiros do projeto. A equipe ficou em funcionamento de 1975 até 1982 e nesse período grandes nomes guiaram o bólido brasileiro, como o finlandês Keke Rosberg, Emerson Fittipaldi, Ingo Hoffmann e Chico Serra. A melhor temporada da equipe foi a de 1978, quando ficou em 7º lugar no campeonato de construtores. O melhor resultado foi um 2º lugar no GP do Rio de Janeiro conquistado por Emerson.

Copersucar Fittipaldi Ford F5A
    Entretanto, o projeto de dois jovens brasileiros teve um fim. Na década de 1980 competir na categoria já necessitava de maiores investimentos, já que a Formula 1 começou a se tornar um grande campo de provas para as grandes montadoras. Era o fim do sonho brasileiro, que foi embalado pela superação e paixão pela velocidade.

Sebastian V3ttel

   Não há mais muito o que falar sobre Sebastian Vettel. A corrida em São Paulo no último domingo mostrou todas as qualidades do agora tricampeão piloto da Red Bull. Após o acidente no qual envolveu também Bruno Senna, Vettel manteve a calma e, mesmo com o assoalho de madeira do carro danificado, começou a sua recuperação, veloz suficiente para sair de último para 6º em 8 voltas. O instável céu paulista foi responsável por dar mais emoção à prova e ainda uma falha na comunicação entre o piloto e a equipe deu um tom dramático ao desfecho do campeonato.  O fim da corrida se aproximava e o alemão mostrou seu lado mais frio e estrategista. Lembrando o que fazia Allan Prost, Vettel abriu mão de atacar desnecessariamente os adversários, já que a posição que ocupava era suficiente para garantir o título. E aí foi apenas  apreciarmos a comemoração do staff da Red Bull na mureta de Interlagos, fechando com chave de ouro a temporada 2012.


No topo

   Após algum tempo, volto a escrever para o blog e nada mais adequado do que (re)começar escrevendo sobre os campeões das principais categorias do automobilismo americano, que tiveram recentemente seus momentos decisivos. Ainda no fim de outubro, o americano Ryan Hunter-Reay sagrou-se campeão da temporada da Indycar Series, derrotando na última corrida, disputada no oval de Fontana, o australiano Will Power, que passou de sensação a decepção da temporada. Ryan trouxe novamente o orgulho americano para a categoria, já que nos anos anteriores o título esteve sempre na mão de estrangeiros. Ele não foi o grande destaque da temporada, mas foi o piloto mais regular e constante, terminando apenas 3 pontos na frente de Power, que falhou de forma amadora em momentos decisivos. Helio Castroneves, da Penske, foi o melhor brasileiro e terminou a competição em 4º lugar. Tony Kanaan e Rubens Barrichello, ambos da KV Racing, terminaram o campeonato em 9º e 12º respectivamente.

Ryan Hunter-Ray e a taça de campeão 2012
   Na Nascar Sprint Cup a festa ficou por conta de Brad Keselowski, da Penske. O norte-americano de 28 anos contou com o abandono do pentacampeão Jimmie Johnson na última prova da temporada no oval de Miami para faturar o primeiro título da história da Penske na categoria. Também quebrou a hegemonia dos motores Chevrolet, já que seu carro era impulsionado por um conjunto Dodge Charger. Parabéns aos campeões e ficamos na expectativa da temporada 2013.

Brad Keselowski e a foto oficial do campeonato 2012.