As pessoas que convivem comigo de maneira mais próxima sabem
da admiração que tenho por esse piloto, por esse ser humano. Se ainda estivesse
vivo, esse mago das pistas completaria hoje, 21 de março, 52 anos de vida. Como
ele seria ninguém sabe, mas a história está escrita para contar quem ele foi.
Escrever e ler sobre Ayrton Senna me incentiva
cada vez mais a pesquisar sobre sua vida. E a cada nova pesquisa, uma
nova e surpreendente descoberta sobre esse grande entusiasta brasileiro, que
nunca escondeu de onde era e mostrou a um povo acostumado com derrotas que a
vitória de um brasileiro era sim possível e quanto mais sofrida fosse, mais
saborosa seria.
Senna em sua última vitória na F1, em 1993. |
Dentro das pistas, um gênio. Nasceu com o dom de sentir e
identificar a cada curva onde estava o trecho de asfalto com maior aderência e
o momento certo de atacar o traçado. Sempre muito arrojado, ultrapassava
adversários parecendo ignorar a existência de oponentes na pista. Na chuva sua
habilidade era incontestável e quanto mais molhado estivesse a pista, melhor.
Todas essas características lhe renderam 3 títulos mundiais na Formula 1 e o
status de herói do esporte mundial, sendo idolatrado em todos os cantos do
mundo.
Sua rivalidade com o francês Alain Prost entrou para a
história como uma das mais famosas e acirradas batalhas do esporte. Enquanto um
era destemido e arrojado, o outro era político e calculista, características que
se agrupadas em uma mesma pessoa formariam o piloto perfeito.
Perfeição. Essa foi a característica que Ayrton sempre
buscou e pra falar a verdade chegou muito próximo dela. Depois de toda uma vida
dedicada aos momentos de vitória, o destino o traiu na fatídica manhã de 01 de
abril de 1994, no circuito de Imola na Itália. Ainda era início de prova e a
Williams Renault do brasileiro seguia de perto a Benetton Ford de Michael
Schumacher. Foi aí que a curva Tamburello levou de nós brasileiros nosso maior
herói. Seu capacete foi brutalmente perfurado por um braço de suspensão de seu
FW16, após violento choque contra o muro ocasionado provavelmente por uma
quebra da barra de direção. Depois desse dia, tudo o que se conta são
histórias, lembranças... memórias do “Chefe”, como é chamado até hoje pelos
pilotos ao redor do mundo.
Senna guiando o Williams Renault FW16, carro com o qual sofreria o acidente fatal. |
Para conhecer mais de sua vida profissional e pessoal,
sugiro o documentário “Senna, o brasileiro, o herói, o campeão” produzido por Asif
Kapadia. O documentário de produção britânica venceu inúmeros prêmios ao redor
do mundo.
Para quem deseja conhecer mais sobre sua habilidade
nas pistas, segue o vídeo do programa Top Gear da BBC, com um especial sobre a
carreira de Senna exibido em seu aniversário de 50 anos, que contou com a participação de Lewis Hamilton.
por Alessandro Macedo
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