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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Correndo sob ameaça de terror. O esporte em zona de conflito.

   A Formula 1 chegou essa semana ao seu território mais hostil e a alegria do esporte começa a dar lugar ao clima de tensão política que vive o Bahrein. A população há algum tempo pede por reformas democráticas no governo do Rei Hamad, que é sunita. A situação tomou grandes proporções com as ondas de protestos feitos pela maioria xiita e desde o ano passado o clima de caos está instalado no país. As repressões aos protestos foram violentas e são feitas acusações de assassinatos e violação dos direitos humanos.
   Os protestos contra o GP da Formula 1 partem do princípio que a realização da corrida mostraria ao mundo um clima de organização e paz no governo Hamad, fato que estaria mascarando a real situação da interminável Primavera Árabe. A situação ganhou maiores níveis de tensão quando os manifestantes começaram a fazer ameaças de derrame de sangue durante os dias do GP. As frases "Parem de correr sobre o nosso sangue" e "Três dias de revolta" tomaram conta do país.
   E a falta de segurança já começou a afetar a corrida. Um carro com quatro mecânicos da Force India foi surpreendido pela explosão de um coquetele molotov durante os protestos contra a realização da corrida. Felizmente ninguém se feriu, mas outro mecânico da equipe resolveu deixar o país temendo pela sua segurança.
Independente disso, a corrida está marcada para domingo e só nos resta torcer para que nada aconteça.

"Parem de correr sob o nosso sangue" - diz o muro no Bahrein.

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